segunda-feira, 4 de outubro de 2010
J´ai Tué ma mère
Há tempos não saía do cinema tão mexido e ao mesmo tempo tão apaixonado. Minha paixão tem nome,o jovem cineasta Xavier Dolan, que roteirizou, encenou e dirigiu o filme canadense J´ai Tué ma mère (Eu matei minha mãe).
Incrível os efeitos nosense e o olhar em foco nos lábios que dizem textos incríveis de diálogos fortes, pronunciados num francês que mesmo com um ascento inglês te remete à Paris. Lembrei-me das emoções vividas quando estava por lá.
A histérica relação mãe e filho, que na primeira impressão parece ser uma relação falida e ao mesmo tempo tão viva e intensa. “Quem nunca odiou sua mãe? “ diz Dolan que admite ser uma história autobiográfica, que no processo de amadurecimento se faz necessária essa morte maternal para amadurecermos.
Essa juventude talentosa e precoce, aquece meu coração, embora seja um filme canadense foi Paris o cenário escolhido por mim para viver com as ideais e a paixão de Dolan. O filme é uma tela em branco que vai sendo colorida pelo desenrolar do roteiro que enchem seus olhos de arte e emoções.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Reforma interior x exterior
Salve!
Tem pessoas que entram na sua vida e fazem verdadeiras revoluções. Assim o novo aparece, novas formas de sentir,reagir e de se relacionar. É inevitável a comparação, mas nem tanto ao céu e aos olhos dos incrédulos nem tanto promissor assim, tenho tido um retorno fantástico e assim termino por limpar de vez o meu passado me mudando de apartamento.
Reformei meu interno e agora reformo a nova casa, que experiência, discutir com o decorador, recalcular custos, prever e aceitar o imprevisto, e se empoeirar. Enquanto isso, novos sabores,beijos,toques e tudo tão intenso,tão vivo.
Parece que limpo a alma e se resolvo contar tudo garantiria boas gargalhadas mas a insatisfação dos expostos.
bml.
terça-feira, 20 de abril de 2010
A cidade dorme
Já imaginaram em uma mesma mesa da sala de jantar, reunidos socialmente, personalidades
Como: Hebe Camargo, Chiquinho Scarpa, Magda Cotrof, Mayara Magri, Clóvis
Bornai, Jesse Valadão, Tony Belotto e sua esposa Malu Mader , Narjara
Turetto e tantos outros já esquecidos e ainda lembrados por todos,
jogando detetive e assassino em uma versão criativa intitulada de “A
cidade dorme”?
Pois isto aconteceu. No imaginário de um grupo de amigos cearenses
que migraram para São Paulo, não mais em “paus de arara” e sim graças as promoções das passagens aéreas nos últimos sete anos. Todos residem no mesmo bairro, alguns até no mesmo prédio. Este grupo chama-se Divas, onde cada um adota pela sua excêntrica personalidade os codinomes dos famosos já citados.
O objetivo é de acolherem uns aos outros ajudando no que for possível
aos recém-chegados e entre bebedeiras e brincadeiras, se discute sobre
política, sexo e religião. As reuniões acontecem na casa de Clóvis
Bornai que aqui se casou com Chiquinho Scarpa e tiveram a primogênita
Hebe, Jessé e Mayara (gêmeos) e Malu Mader como a caçula.
Os momentos são registrados pelos que tem formação na vida real em
jornalismo para criarmos um livro de subtema “Consulado Cearense em São
Paulo”, onde essas personagens costuram a trama como temporadas de
seriados americanos onde a cada ano surgem novas pessoas e uma
nova trama.
A de hoje foi esse divertido jogo de criança, que em vez de piscar os
olhos para que o detetive não descubra quem é o assassino, transforma
a cidade onde existe Deus o mediador da brincadeira, detetive,
assassino,vítima e médico, já sorteados na antiga regra dos
papeizinhos.
Tudo começa quando Deus ordena a cidade dormir, todos em círculo
fecham os olhos, daí ele pede para que o assassino acorde e aponte quem quer matar. Após fechar os olhos ainda sob as ordens de Deus, o médico acorda e aponta
aleatoriamente quem deseja salvar, na vez do detetive este apontará
quem acha que seja o assassino tendo a confirmação se acertou por
Deus.
Neste momento a cidade acorda. Deus revela se alguém morreu ou se o
médico salvou, caso tenha acertado a pessoa que fora assassinada, começa uma discussão em grupo, entre muitos blefes inteligentes de quem seja o assassino, caso a maioria erre na acusação a brincadeira
continua voltando a cidade a dormir.
Entre muitas risadas, registrei ali uma família fictícia, se
divertindo num sábado e sendo mais um retalho de cultura que era
costurado formando a capital paulistana. Naquela rodada Bornai, fora
desmascarado como assassino pelo detetive Jesse. Filho que deletara a
própria mãe? Nem imaginaram isso, Hebe já insistia por mais uma taça
de Proseco, hoje a bebida preferida da turma, já que os mais antigos
começaram a se estabilizar na cidade.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A vagabunda da noite
Na madrugada do último dia 27 de março, mas precisamente às 5h5m, abordei uma garota de programa na rua Antônio Carlos, esquina com Haddock Lobo, que aparentava ter 56 anos, estatura mediana, loira oxigenada em corte chanel e que me pediu para ser chamada de Cherrie.
Chuviscava e começava um frio, fora alguns carros que paravam e não geravam encontros. Parecia cansada. No começo ficou desconfiada, mas depois iniciamos uma conversa sobre especificamente: aquela noite.
Cherrie já havia realizado dois programas ao custo de cento e sessenta reais, para um casal que estava comemorando dez anos de casados e queriam apimentar a relação, e oitenta reais para um jovem universitário carente, da noite.
Era uma noite de baixo movimento. A prostituta sempre guarda seus pertences com o cara do bar ao lado. Perfumes, tênis confortável, uma legue e uma malha grossa. Faz a troca de figurino para caprichar na roupa ousada, blusa decotada para deixar à mostra os seios fartos siliconados, a maquiagem exagerada. Trabalha autônoma, livre dos cafetões, e tem uma difícil relação com as outras colegas para assegurar-se do ponto.
Esta nessa vida há mais de doze anos. Após uma desilusão amorosa, saiu do interior, mais precisamente da cidade de Araraquara, para buscar sonhos na cidade grande. “Ao chegar em São Paulo e olhar para as luzes da noite, tive a certeza de que meus filhos e ex-marido ficariam no passado e o que fosse preciso fazer, faria, para esta cidade me dar uma nova vida”, afirma Cherrie, com seu olhar fixo ao meu já tentando me seduzir.
Ela alega que, para suportar a vida de prostituta tem que se gostar muito de sexo e que isso lhe dar prazer, além de fazer com que ela aprenda e entenda os tipos de comportamento das pessoas. Se julga como uma psicóloga da vida e aprendeu a observar o que o outro quer ou lhe faz falta.
Está namorando há sete anos com uma outra mulher, com quem divide sua cama e que não se incomoda com a sua profissão. “Os homens se tornam animais quando se trata de “foder” uma mulher de programa. Com outra mulher consegui me sentir amada e protegida”, diz ela, agora desviando seu olhar para um grupo de rapazes que conversavam com outra prostituta.
Para Cherrie, a convivência com os moradores é pacífica, pois elas acabam vigiando os carros parados e evitam pequenos furtos, para não expulsar a clientela.
Nossa conversa se encerra com um grupo de rapazes em um carro popular velho, que ela sorri e diz não estar fazendo liquidação, e saem xingando a prostituta de vagabunda, que sorri e se despede sem olhar para trás, dirigindo-se ao bar para trocar de roupa e cumprir mais um dia de jornada de trabalho.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Bom humor x Ignorância
Como o pensamento é uma transgressão, tenho transgredido em relação ao bom humor x a ignorância. Após ter lido sobre isso na coluna da Lya Luft da edição da Veja dessa semana tive a recordação de nunca ter me conformado com o comportamento humano.
Digo isso devido que a elite intelectual brasileira e tão hipócrita quanto o comportamento de massa da nossa sociedade. Tenho sempre a impressão de que estamos voltados para o nosso umbigo e esquecendo os interesses coletivos.
Meu mau humor é acordado quando vejo essa massa pensante seguindo símbolos tão óbvios como, torcendo seus narizes para o senso comum, em recusar de assistir um Big Brother ou se lamuriar com Manoel Carlos.
Não esqueçamos que a televisão é entretenimento. Temos que buscar bons argumentos para desenvolvermos nosso lado crítico. Logo não sei se felizes são os ignorantes ou os sabidos de plantões.
Acho que a receita de vivermos bem e com cidadania nós já temos, falta é acertar a quantidade certa dos ingredientes e darmos nosso toque especial.
Digo isso devido que a elite intelectual brasileira e tão hipócrita quanto o comportamento de massa da nossa sociedade. Tenho sempre a impressão de que estamos voltados para o nosso umbigo e esquecendo os interesses coletivos.
Meu mau humor é acordado quando vejo essa massa pensante seguindo símbolos tão óbvios como, torcendo seus narizes para o senso comum, em recusar de assistir um Big Brother ou se lamuriar com Manoel Carlos.
Não esqueçamos que a televisão é entretenimento. Temos que buscar bons argumentos para desenvolvermos nosso lado crítico. Logo não sei se felizes são os ignorantes ou os sabidos de plantões.
Acho que a receita de vivermos bem e com cidadania nós já temos, falta é acertar a quantidade certa dos ingredientes e darmos nosso toque especial.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Que venha o carnaval
"Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando
A colombina entrou num butiquim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim"
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Feliz ano novo
Salve!
Que vire o ano, que se renovem as energias, que brilhe o seu entusiasmo e que reflita sua alegria. Começo o ano me sentindo livre, de passado enterrado e como um recem nascido que ja quer engatinhar. Se faça metas concretizadas, discursos diretos e acertivos.
Sai Baba
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